Artesanato gaúcho investe em qualificação ARTESÃOS DE A.G TAMBÉM
e dá primeiros passos no mercado exterior PARTICIPARAM DA EXPOMINAS
O artesanato brasileiro, no E PARALELA DE SÃO PAULO
final do ano passado, recebeu um ESTANDO PREPARADOS PARA
novo impulso para seu O MERCADO
desenvolvimento, com a parceria DO RIO GRANDE DO SUL
estabelecida entre a ABEXA - RECEBENDO ORIENTAÇÃO
Exportação de Artesanato e a DO SEBRAE ATRAVÉS DE
Apex-Brasil - Agência Brasileira de PALESTRAS E OFICINAS
Promoção de Exportações e
Investimentos, para
desenvolvimento do Projeto
Setorial Integrado. Com
investimentos previstos na ordem
de R$ 8 milhões, com o novo
projeto a partir de 2011as ações de
promoção comercial do artesanato
brasileiro passam a ser unificadas,
permitindo otimizar recursos e
potencializar a divulgação da
imagem do produto brasileiro.
Algumas ações previstas são a
contratação de uma empresa de
relações públicas na Europa e nos
Estados Unidos e de um
contêiner/loja itinerante, com a
finalidade de rodar por diversos
países da Europa, além da
participação nas maiores feiras de
presentes e artesanato do mundo,
como a Maison Object na França, a
Ambiente e a Tendence na
Alemanha, a Bijoutex e a Intergift
na Espanha, a Las Vegas Show e a
Gift Fair nos EUA. Os países alvo,
escolhidos após um trabalho de
inteligência comercial, são
Alemanha, Espanha, Portugal,
França, Itália e Estados Unidos.
A 21ª edição da Feira
Nacional de Artesanato, realizada
entre os dias 23 e 28 de novembro,
no Expominas,
em Belo Horizonte,
deu uma ideia do potencial deste
mercado. No total, foram gerados
negócios na ordem de R$ 76
milhões para os artesãos, alta de
quase 8% ante o ano anterior. A
expectativa do volume de negócios
realizados através de compradores
internacionais é de US$ 3 milhões
para 12 meses seguintes ao evento.
Passaram pela feira cerca de 150
lojistas internacionais vindos do
Uruguai, Argentina, Paraguai,
Bélgica, Estados Unidos, Portugal,
Áustria e Alemanha. Entre os
produtos mais procurados para
exportação estão os objetos de
decoração e utilitários em pedra
sabão, bijuterias e acessórios.
Mercado local - O Rio Grande do
Sul, confiante no prestígio da
Marca Brasil no exterior,
especialmente Europa, tem dado
passos significativos para o
incremento do artesanato local,
inclusive para exportação. Com
acompanhamento e assessoria do
Sebrae - Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas
Empresas, diversos grupos tem se
organizado tanto no processo
produtivo como de gestão,
garantindo maior qualidade para o
produto.
A designer Karine Faccin
Perufo, consultora do Sebrae,
assessorou grupos como Favos do
Sul, de São Borja; Mão Gaúcha, de
Porto Alegre; Bichos do Mar de
Dentro e Redeiras, de Pelotas e
Canoa, de Canoas, na confeccção
de coleções próprias. “A ideia é
valorizarmos a cultura local na
criação das peças, garantindo uma
identidade própria inconfundível”,
afirma. Ela cita o exemplo do
grupo Redeiras, já consolidado, que
produz biojoias, bolsas, carteiras e
acessórios com materiais como
escama de peixe, redes de pesca
recicladas e outros. Outro exemplo,
mais incipiente, é o Grupo Abelhas
Arteiras, de Balneário Pinhal, que
produz peças inspiradas na
temática abelha / mel.
Nas oficinas de criação são
testados materiais e técnicas, e
também promovido o
envolvimento do grupo, que
participa ativamente de todo o
processo. Segundo Karine, um dos
desafios é conscientizar sobre a
profissionalização da produção,
uma vez que para muitos artesãos a
atividade é ainda vista como
hobbye. “Para avançarmos de um
contexto de inclusão produtiva para
um contexto que também
contemple valor agregado e renda
expressiva, é necessária uma
mudança de paradigma e a
participação em uma feira, para o
lançamento da coleção, costuma ser
muito importante nesse sentido”.
Atualmente, no Rio Grande
do Sul, a Fundação Gaúcha do
Trabalho e Ação Social organiza e
emite as carteirinhas de artesãos.
Seu Programa Gaúcho do
Artesanato tem por missão
incentivar a profissionalização dos
trabalhadores que produzem
artesanato e fomentar a atividade
artesanal com políticas de
formação, qualificação e orientação
ao artesão. Busca também a
promoção comercial.